E à terceira foi
de vez: o belo do autocarro, que já tinha ameaçado recusar-se a continuar a sua
marcha, parou e não houve forma de o colocar de novo em funcionamento. Pelo
menos no local, com os passageiros a bordo e sem a presença de um mecânico.
Quem não pareceu
desgostar da coisa foi o velhote, de ofício mais velho que ele mesmo: vendedor
ambulante de gelados de barquilho.
Ele, que estava em
trânsito não sei de onde para onde, que o lugar não será pródigo em clientela,
tratou de parar logo ali também e abrir o negócio mesmo ao lado.
Que eu visse, e
enquanto não chegou outra viatura que nos levasse, vendeu sete
gelados. Estes foram os primeiros.
O azar de uns será
a sorte de outros.
By me
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