quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Sorte e azar



E à terceira foi de vez: o belo do autocarro, que já tinha ameaçado recusar-se a continuar a sua marcha, parou e não houve forma de o colocar de novo em funcionamento. Pelo menos no local, com os passageiros a bordo e sem a presença de um mecânico.
Quem não pareceu desgostar da coisa foi o velhote, de ofício mais velho que ele mesmo: vendedor ambulante de gelados de barquilho.
Ele, que estava em trânsito não sei de onde para onde, que o lugar não será pródigo em clientela, tratou de parar logo ali também e abrir o negócio mesmo ao lado.
Que eu visse, e enquanto não chegou outra viatura que nos levasse, vendeu sete gelados. Estes foram os primeiros.

O azar de uns será a sorte de outros.

By me 

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