“Tem isqueiro?”,
perguntou-me ela.
“Tenho.”, respondi
nas calmas.
“……….”
“……….”
“E pode dar-me
lume?”
“Ah, bem. Pensei
que queria só saber se tinha isqueiro. Claro que sim. Mas olhe que tenho também
fósforos.”
“Não se preocupe.
Pode ser mesmo isqueiro.”
”Ok! E quer de
gasolina ou de gás?”, perguntei, mostrando os dois.
“Oh Pah! Quero
mesmo é lume p’ro cigarro!”, rindo-se.
A conversa
continuou, divertida, e eu atirei-lhe mais uma ou duas larachas, que havia
tempo antes do comboio. Até que cheguei onde queria: uma fotografia dos seus
olhos.
Não adiantou
atirar-lhe com charme, lisonja ou mesmo com a “excentricidade do artista”. A
resposta foi sempre não, entre sorrisos coquetes e divertidos.
Quando saí do
comboio em que embarcámos juntos, duas estações depois, o paleio continuava.
Agora a fotografia… isso é que ‘tá de chuva, apesar do calor.
By me
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