Se eu tivesse
lareira, provavelmente seria assim que faria um retrato. Talvez.
Mas não tenho. Nem
mesmo uma falsa lareira, daquelas eléctricas, com chamas de faz-de-conta, sem
fumo e com calor cheio de electrões.
Donde, foi um
exercício o fazer este faz-de-conta. É uma fotografia de faz-de-conta, em que o
calor durou talvez nem 1/10.000 de segundo. Bastava já o calor que entraria
pela janela se estivesse aberta, que estava de dia.
Mas a Fotografia é,
por si mesma, um faz-de-conta.
Tal como é faz-de-conta
tudo o mais que o Homem vai exprimindo nos seus diversos suportes, de inspiração
ou de informação.
Restará a quem vê,
esta fotografia ou tudo o mais que vai vendo e ouvindo ao longo do dia,
acreditar ou pôr em dúvida.
E, nos dias de
hoje, fará todo o sentido pôr em dúvida o que nos chega: terá sido tudo verdade
ou mais não terá sido que um terrível conjunto de verdades pejado de faz-de-conta?
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário