Este
é o artigo conforme o li no jornal Público.
Presunção
minha, mas entendi que o deveria corrigir e complementar, ainda que p’la rama.
Isto
foi o que me saiu, assim meio às três pancadas e entre dois cafés, e enviado
para o referido jornal.
“Entenda-se
que este artigo estará, quiçá, mal traduzido.
Onde
se lê “uma lente mais larga”, e dando de barato que não será “lente” mas antes
“objectiva”, leia-se “objectiva de maior ângulo”, vulgo “grande angular” ou
ainda “focal curta”.
Por
outro lado, e ainda que de uma forma confusa e incompleta, fala-se num factor
vital para se controlar a profundidade de campo: a escala de reprodução”. Por
outras palavras, a relação entre o tamanho do assunto e o tamanho da sua imagem
no sensor. Quanto maior a escala de reprodução, menor a profundidade de campo.
Tomemos
o seguinte exemplo: duas imagens feitas de um mesmo ponto de um mesmo assunto e
com a mesma abertura de diafragma: A e B. A A com uma distância focal menor que
a B. Se, depois de feita, ampliarmos o resultado da imagem A para que o assunto
fique do mesmo tamanho que na imagem B, verificaremos que a profundidade de
campo será igual, já que a escala de reprodução é idêntica, tal como o
diafragma. Terá é que ser considerado a introdução de “ruído” na imagem, fruto
da ampliação feita.
Falta
acrescentar um factor importante e complexo chamado “círculo de confusão”. A
área no alvo onde fica reproduzida a imagem de um ponto. Isto porque diferentes
comprimentos de onda de luz visível, ao atravessarem os vidros de uma
objectiva, não são deflectidos da mesma forma, já que alteram a sua velocidade.
Donde, dois raios luminosos, provenientes do mesmo ponto, depois de passarem
por uma objectiva, produzem (se considerarmos apenas o verde, vermelho e azul)
seis pontos no alvo ou sensor.
É
esta área, que depende da qualidade dos vidros usados, das suas densidades, das
suas curvaturas e dos tratamentos de superfície, que se chama “círculo de
confusão”.
Quanto
mais perto do alvo se encontrar o centro óptico da objectiva, menor será também
o círculo de confusão.
Assim,
e sendo que para um alvo ou sensor maior e para um mesmo ângulo de visão, a
distância focal (distância entre centro óptico e alvo ou sensor), o círculo de
confusão aumenta, dando como resultado que, para uma mesma abertura de
diafragma a profundidade de campo será menor.
O
assunto não é fácil de abordar nem de entender. O artigo, ainda que
interessante, peca por confuso, inexacto e incompleto. É pena.“
.
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