Confesso que não
era bem isto que tinha em mente quando pensei em fotografar a Lua-Cheia de
Fevereiro.
Mas se anteontem não
acertei nas posições relativas Sol-Terra-Lua e se ontem não me foi possível estar
onde e como queria, hoje já nem me lembrava dela.
Mas em aqui
chegando, foi ela que não quis que me esquecesse eu do nosso encontro e
mostrou-se-me assim: grande, redonda, amarela e pertinho do horizonte.
Para que tudo
batesse certo, hoje, faltava apenas que tivesse objectiva para fazer jus ao que
via. Não tinha!
Fiz o que pude com
a câmara de bolso e a luz existente no local, sem mais enfeites que os que a
perspectiva possível que o comprimento do meu braço permitiu.
Os antigos, muito
antigos, ajustaram os seus calendários ao movimento lunar. Alguns ainda o fazem,
num equilíbrio precário entre aquilo que nos orbita e aquilo em torno do qual
orbitamos nós.
Esta fotografia é,
talvez, uma relação entre o que sou, o que vejo e o universo que nos cerca.
By me
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