Faz-me
sair do sério, cada vez mais, a atitude que a sociedade, através das
actividades governamentais e judiciais, têm de supor que os cidadãos são
suspeitos e têm que provar o contrário.
Ele
é nos impostos, ele é nos pórticos e detectores de metais, ele é nas inspecções
e controlos automóveis, ele é nas câmaras de vigilância…
Uma
sociedade e um governo que tudo controla e que de tudo desconfia é uma
sociedade e um governo capaz de fazer aquilo de que suspeita. Por outras
palavras, não me oferece confiança uma sociedade e um governo que, p’lo facto
de suspeitar da honestidade dos seus cidadãos, demonstra que também ele pode não
ser honesto.
Por
mim, não aceito ser tratado como um eventual criminoso e ter que demonstrar o
contrário! Não devo, não temo e não admito que partam do princípio do contrário!
Por
isso, recuso entrar de livre vontade naqueles lugares em que a revista ou o
passar por um pórtico detector de metais é obrigatório: aviões, alguns comboios,
alguns museus, assembleia da república, algumas embaixadas…
E
nas outras circunstâncias em que tenho que demonstrar a minha inocência e boa-fé,
mesmo que nada exista contra mim que não apenas o existir…
Bem!
Têm que se haver comigo e com o meu direito à indignação e à resistência.
O
“preço” que pago por esta minha atitude é plenamente justificado pela coerência
perante a vida e os demais seres vivos!
By me
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