Tenho
visto muita coisa feia nos governos e governantes dos últimos anos. Sendo que a
quantidade de coisas feias tem indo a aumentar significativamente à medida que
a situação do país se agrava.
Esta
é mais feia que vi dessa longa lista:
Aproveitar
o sempiterno conflito de gerações para justificar os desastres governativos.
Ou, por outras palavras, dividir para reinar. Ou ainda, provocar batalhas
paralelas para fazer esquecer a guerra principal.
De
acordo com um jornal:
“Miguel
Relvas acusou ontem, em Lisboa, os instalados do mercado de trabalho de serem
os responsáveis pelo nível de desemprego jovem que se regista em Portugal – que
está perto de atingir os 40%. O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares
disse, na apresentação das “Orientações Estratégicas para a Política de
Juventude” do governo, que o mundo laboral não parece mais favorável, porque há
oportunidades raras e instalados a travar todas as ambições.”
Ao
longo dos tempos esta estratégia tem sido usada com sucesso por ditadores de
grande e pequeno calibre: encontrar um inimigo comum para nele responsabilizar
todos os problemas existentes e juntar em torno dos “salvadores” os fracos e
oprimidos. Foram os pretos, os gays, os judeus, os ciganos, os migrantes, os
comunistas, os capitalistas, os árabes… A lista é longa e conhecemos todos os
seus resultados desastrosos.
Agora
esta versão é original e ainda mais perigosa: os velhos.
Que
todos temos velhos por perto. Senão no trabalho, na vizinhança. Para não falar
os mais próximos: os pais.
Um
destes dias veremos estes senhores a iniciar um qualquer discurso ou cerimónia
e, para além da bandeirinha na lapela, levantando o braço, esquerdo ou direito
tanto faz. E exibindo a mão aberta ou fechada, também tanto faz.
E
muitos de nós, os tais velhos, que já vimos isto e sabemos o sangue que daí advém,
tremeremos de medo ou de raiva!
Não
se espantem!
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário