Lá, onde eu
trabalho, a informação escorre. Talvez não seja a mais completa. Talvez não
seja a mais pertinente. Talvez que não seja a que mais agrada. Mas a informação
escorre.
Escorre-nos p’los
dedos, escorre-nos p’lo corpo, escorre p’las paredes, escorre p’las antenas e
teclados.
Escorre!
É assim que fico
preocupado quando vejo gente que comigo ombreia na labuta diária ignorar
aspectos importantes da vida nacional. Dos que foram e dos que serão.
Bem sei que cada
um tem os seus interesses. Uns p’la moda e fofoquice, outros por carros e bola,
outros por artes e literatura, outros sobre ecologia e afins, outros sobre o
como evitar pagar isto ou aquilo, mesmo que o devam…
Mas não saber
enunciar quem são os elementos da troika ou nem desconfiar do que acontecerá no
próximo sábado…
Isto não é mera
ignorância do que acontece em seu redor. É desprezar de todo o que os seus
concidadãos fazem, pensam e sentem, é entender que o universo se resume a eles
mesmos e que o resto é acidente lamentável.
Dou de barato,
ainda que me custe, que alguém não saiba de que lado fica o sul quando se está
virado p’ra norte. Tal como até posso admitir que alguém pense que uma raiz
quadrada é um tubérculo que estudou geometria.
Mas, p’lo menos,
leiam um jornal, ou oiçam um noticiário ou vejam um telejornal de quando em
vez.
Mas, e já que
trabalham onde trabalham como eu mesmo, recolham um pouco do que escorre e
aproveitem-no.
A lista de gente
com quem acho que vale a pena conversar acaba de perder dois elementos.
By me
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