Está mais que na
altura de mudarmos o sistema organizativo deste país!
Um
primeiro-ministro que se atreve a não responder no Parlamento a perguntas
directas sobre a governação e continua no poder apenas demonstra a impunidade
dos ministros e a inconsequência deste parlamento.
Leia-se o artigo
do Diário de Notícias de 2013-02-01 sobre o debate quinzenal da Assembleia da
República hoje:
“PS e BE
questionaram diretamente o primeiro-ministro sobre que cortes vai fazer
"dentro de dias". Mas ficaram sem resposta.
O
primeiro-ministro deixou o secretário-geral socialista sem resposta sobre os
cortes previstos para este mês de quatro mil milhões, inscritos pelo Governo na
quinta avaliação do memorando da 'troika'. E mesmo com uma nova pergunta da
coordenadora bloquista, Passos Coelho embrulhou-se em frases que não deram
qualquer resposta.
António José
Seguro deixou o desafio a Passos Coelho, numa das suas intervenções durante o
debate quinzenal desta manhã, para o primeiro-ministro explicar
"aqui" - no Parlamento - "quais são esses cortes" e
"onde vai cortar". "Não entregue à troika sem o apresentar e sem
o discutir" com os portugueses.
Mais à frente, o
socialista insistiu se "o senhor primeiro-ministro fez algum estudo ao
impacto que isso [cortes de quatro mil milhões de euros] vai ter na economia,
no mercado, nos números do desemprego".
Passos Coelho nada
respondeu.
Mas Catarina
Martins, do BE, já mais tarde, voltou a insistir para o primeiro-ministro dizer
que "impacto" terão estes cortes na economia. Passos devolveu o
raciocínio, embrulhando-se, questionando "aquilo que acontecerá" se
não se fizer estes cortes "que sejam definitivos".
A coordenadora do
Bloco concluiu: "Ficámos a saber que o senhor primeiro-ministro não faz
nenhuma ideia do que se vai passar" com estes cortes anunciados pelo
Governo.”
.
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