Corro
o risco de começar a parecer ligado a uma formação partidária. E isso
assusta-me em parte, porque faço muita questão de não pertencer a nenhuma. Mas a
verdade é que esta é a minha opinião, e desde há muito.
Se
há coisa que não faz sentido é vermos a dança das cadeiras do poder autárquico de
novo agora. Acrescida do cumprimento legal de limites de mandato por autarca e
autarquia.
É
assim que vemos um presidente de câmara ou freguesia a candidatar-se à câmara ou
freguesia do lado ou onde o partido mais recomende, mesmo que no outro extremo
do país.
E
não faz sentido porque um presidente de câmara ou vereador ou vogal em município
ou freguesia deverá ocupar o lugar para resolver os problemas daquela região em
particular e de acordo com as vontades e sensibilidades de quem lá vive. Saltar
de concelho em concelho ao sabor dos caprichos eleitorais ou partidários não, p’la
certa, a melhor forma de defender os interesses dos cidadãos lá residentes.
Do
meu ponto de vista deveria ser obrigatório, tal como o limite de mandatos, que
cada candidato estivesse inscrito nos cadernos eleitorais da autarquia a que se
candidata desde eleição anterior até à candidatura, ou seja, durante os quatro
anos antecessores à eleição.
Desta
forma haveria uma quase (leia-se quase) certeza de o candidato conhecer os
problemas locais e os anseios dos cidadãos perante quem se apresenta.
Além
disso, este sistema terminaria de vez com os autarcas profissionais e com os
salta-pocinhas da política local.
Mas,
claro, isto iria mexer com os poderes e movimentos politico-partidários, pelo
que não acredito que alguma vez os partidos com assento na Assembleia da República
aprovem tal solução.
Que
“quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”,
lá diz o povo.
By me
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