quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Três livros



Comprei três livros. Iguaizinhos. Tão iguais quanto três gotas de águas, se elas fossem iguais.
O mesmo autor, a mesma tradução, a mesma editora, a mesma edição.
Serei tolo? Talvez o seja, mas apenas por ter comprado apenas três exemplares.
Já por aqui contei que gosto de oferecer livros. Há livros, creio eu, que mais que serem apenas lidos, devem estar disponíveis para serem relidos, se essa for a vontade. E um livro emprestado nem sempre retorna a casa ou, em retornando, não voltará a estar disponível para quem o reteve por algum tempo e voltou a ter vontade de o ler. Um livro ofertado fica sempre.
Pois um destes dias apeteceu-me oferecer um determinado livro a alguém em particular. Gostaria eu que essa pessoa o lesse.
E procurei-o. Esgotado onde o procurei, disseram-me que estava na categoria de “saldos” e que o poderiam encomendar. Inquiri pelo preço e a agradabilíssima surpresa que tive levou-me a encomendar três. Talvez devesse ter encomendado uns dez ou vinte, que o preço pouco mais era que de borla e, que me recorde, já ofereci esta obra umas vinte vezes, pelo menos.
O que não foi tão agradável foi o que me disseram para pagar, quando os fui buscar: mais do dobro do que havia sido anunciado. Claro está que bati o pé, usei do meu feitio de sargento resmungão e acabaram por vir pelo acordado. Não que, ainda assim, ficassem em preço proibitivos. Nada disso! Apenas por uma questão de principio: se estava combinado, assim teria que ser cumprido!
Bem: destes três, um está reservado para quem eu pensava, outro está já prometido a alguém que me fez a promessa solene de o ler e o terceiro… bem, fica de reserva, nunca se sabe.

Texto e imagem: by me

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