quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sinais dos tempos



Os políticos, governamentais ou outros, bem como economistas e afins usam diversos indicadores para definir o nível económico da população.
Por mim, deixo as estatísticas e complicadas formulas de parte. Bastam-me dois indicadores, qualquer um deles constatável no quotidiano.
Um deles é a quantidade, que aumenta todos os dias, de gente que pede um cigarrito na rua a desconhecidos. Será saudável não fumar, mas quando o dinheiro “já não dá nem p’ró tabaco”…
O outro será tão ou mais grave: a diminuição de bolos e doces à venda nas pastelarias e cafés, substituídos por salgados e sandes. Os portugueses estão cada vez mais a cortar nos chamados supérfluos e nas refeições “de faca e garfo” para passarem a comer uns salgaditos e umas sandochas a meio do dia.
E quem não quiser ou não souber olhar para os expositores, comparando quantidades e qualidades, basta constatarem as mesas vazias a meio da manhã ou da tarde nos bairros suburbanos. Ainda que haja cada vez mais gente a não sair do bairro porque não tem trabalho, há cada vez menos gentes a ocuparem as mesas, nem que seja para um cafezinho e apesar de estarem disponíveis jornais.
Este é o que frequento na minha rua. E cada vez mais o vejo assim. Bem como os outros, pelo que vou vendo quando por eles passo.
Nem café, nem bolos, nem cigarros, nem… Um destes dias nem pão.
Rossio? Marquês de Pombal? Qual é a praça?

Texto e imagem: by me

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