sábado, 12 de fevereiro de 2011

Liberdade



Foi em Julho de ’92.
Estava em Málaga para o Mundial de Futebol e cruzei-me com um jovem da minha idade Argentino. E sendo que a guerra das Malvinas ou Falkland tinha terminado menos de um mês antes, aproveitei e questionei-o sobre ela e a vida no seu país.
A certa altura diz-me ele:
“Nós? Claro que somos livres. Podemos sair à noite e tudo!”

O conceito de liberdade é sempre – sempre – muito relativo!
Certo é que há sempre um controlo remoto, discreto, que o define e decide quando pode estar ligado ou desligado. A menos…
A menos que ser livre não signifique um estado físico, como a possibilidade de nos movimentarmos ou votarmos, mas antes uma atitude perante a vida ou mesmo para além dela.
Enquanto concebermos a liberdade como algo de palpável, tangível, comensurável, haverá sempre quem queira comandar o seu botão e, com ele, nós mesmos. E quer seja com cravos, aos milhões numa praça ou enfrentando um blindado, haverá sempre quem nos empurre, puxe, imponha ou coerte.
A menos que…. A menos que seja você a comandar o botão.

Texto e imagem: by me

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