domingo, 29 de março de 2015

Sobre a catástrofe na zona de Atacama, no Chile


O deserto de Atacama, no norte do Chile, é o de maior altitude de menor pluviosidade do mundo.
A razão de ser da sua aridez prende-se na conjugação da geografia do local e nas correntes marítimas do Pacífico, que impede a formação ou aproximação de nuvens.
Torna-se, assim, na zona privilegiada para a observação do espaço, sendo aqui que se encontram alguns dos maiores e melhores telescópios e rádio-telescópios do mundo.
Curiosamente, foi a sua aridez um dos motivos da mais longa guerra: trezentos anos. A dificuldade de cruzar os Andes, bem como a dificuldade dos mares ao sul da Patagónia fez com que os conquistadores espanhóis descessem a costa oeste da América do Sul. O deserto, árido ao limite, impediu avanços em grande escala dos europeus, o que facilitou a resistência do povo Mapuche que vivia entre os Andes e o Pacífico e ao sul do Atacama.
Apesar de não terem escrita, de não terem armas de fogo, de não terem cavalos, durante 300 anos fizeram frente sólida aos invasores.
Hoje vivem na Patagónia Chilena, numa reserva territorial. E correm o risco de de lá serem expulsos, visto que nesses territórios, até agora considerados inóspitos e inúteis, foram descobertas riquezas no subsolo.

Claro está que este já considerado extermínio não consta dos media, nem locais nem internacionais. Não é politicamente correcto falar no assunto, evidentemente.

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