Estava
sentado, com o portátil à minha frente, e iniciei um programa.
Atrás
de mim passa um conhecido que comenta:
“Então?
Ainda só usas essa versão?”
Não
lhe respondi. Teria, talvez, que ser malcriado, o que não me apetecia. E o que
lhe dissesse para além disso não creio que ele entendesse.
-
Malcriado porque não gosto – mas não gosto mesmo – que espreitem por cima do
ombro para o ecrã de um computador que esteja a usar. Para mais, tratando-se de
um privado e não um de serviço. Tive um colega com esse péssimo hábito, de que
todos se queixavam, e resolvi a questão da minha parte: uma imagem, de acesso rápido,
que abria quando o sentia a cuscar o meu ecrã. Nela constava uma fotografia do
clássico do Bordalo e umas palavras mais ou menos assim “Já cuscaste tudo?”
Nunca mais dei com ele e espreitar por cima do meu ombro.
-
Mas não entenderia este outras explicações que lhe desse. Que não é de todo
importante a actualização do editor de imagem que estamos a usar. Importa,
antes sim, que saibamos tirar partido do que temos nas mãos e que isso
satisfaça as nossas necessidades. E que essa coisa de andar atrás das últimas
novidades em termos tecnológicos nos transforma em peritos informáticos mas pode
não adiantar uma virgula à criatividade ou qualidade do que fazemos. E eu
conheço algumas das coisas que este tipo faz com os computadores e editores de
imagem ou vídeo.
Algumas
pessoas fazem-me pena; outras metem-me raiva. Mas algumas há que vão tão longe
que nem isso.
By me
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