Sabemos que um
laboratório de fotografia é, idealmente, pintado de preto.
O objectivo é,
naturalmente, evitar quaisquer luzes parasitas que nos estraguem o trabalho
duramente conseguido.
Na outra ponta do
processo fotográfico, um dia que tenha um estúdio a que possa dar esse nome será
igualmente pintado de preto. Pelos mesmíssimos motivos: quero ser eu a
controlar, por completo, a luz que usar. Manias, mas não tão estranhas quanto
isso, que sei quem assim tenha o seu.
Mais estranho é
encontrar um edifício pintado de preto por fora. Confesso que só conheço este e
deve ser peça rara na história da arquitectura.
Agora quilo que não
conheço mesmo é algo fornecido pela natureza e comestível que seja azul. Ou lá
perto.
Amarelos,
vermelhos, verdes, castanhos, mesmo roxos, com maior ou menor saturação, ainda
encontramos.
Agora azul…
Creio que a palete
de cor natural reservou o azul para o céu, mais ou menos ciano, e para alguns
fungos, sob a forma de cogumelos, que são de todo venenosos.
Talvez que por
isso o céu esteja reservado a uma vida posterior, talvez que paradisíaca. Tem a
única cor que não consumimos na terra.
By me
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