Como
se explica, em duas penadas e a quem não está de todo vocacionado para a
questão, o que é temperatura de cor, calibração de equipamentos e sensibilidade
visual humana?
Fácil!
Rapa-se da câmara de bolso e demonstra-se.
Mais
difícil de explicar e demonstrar é o quão errados estão os ecologistas ao
advogarem os usos das novas tecnologias de iluminação doméstica.
Efectivamente
gastam menos energia para produzir a mesma quantidade de luz. Mas…
São
muito mais caras na produção das lâmpadas, estas possuem circuitos electrónicos
que esgotam recursos, contêm gazes nocivos e não reciclados… No total, entre
somar custos globais e vantagens globais, as vantagens serão maioritariamente
para os fabricantes, se considerarmos que a energia pode ser sustentável com o recurso
a renováveis.
Mas,
muito pior: a transformação que estas novéis formas de iluminar estão a
provocar no ser humano.
Desde
sempre que este vive com o espectro luminoso total. Do infravermelho ao
ultravioleta, todos os comprimentos de onda visíveis. Tanto oriundos da luz
natural (sol) como das demais que fomos inventando ao longo dos séculos:
queimando algo.
Acontece
que as novas formas de iluminação não têm todos os comprimentos de onda. Em
maior ou menor proporção, têm uma dominante verde, em curva ou risca. E esta
dominante é tanto maior quanto o envelhecimento ou tempo de uso da lâmpada
(leia-se gás no seu interior).
Ao
passarmos hora e horas, dias, meses seguidos, com este tipo de iluminação como
principal, alteramos a nossa própria capacidade de aferir cores, assumindo que
uma dominante esverdeada é natural. E que aquilo que é iluminado pelo sol é
demasiado azul ou vermelho.
Estamos
a modificar a nossa relação com o mundo em que vivemos.
E
eu, que necessito da acuidade visual para o que faço todos os dias, tenho
diversas experiências e situações que bem o demonstram.
Sugestão
para os cépticos:
Comprem
duas lâmpadas economizadoras no mesmo dia, da mesma marca e modelo. Guardem uma
e ponham a uso a outra. Passados seis meses liguem a não usada e comparem a luz
resultante. A olho nu ou recorrendo ao registo de uma câmara fotográfica.
Podem
fazer o mesmo teste com as novas “lâmpadas” de LED, se bem que eu ainda o não
tenha feito.
Na
imagem: câmara calibrada para a luz solar.
Da
esquerda para a direita:
Um
papel branco sob a luz solar, o mesmo papel branco sob a luz de uma lâmpada
economizadora, o mesmo papel sob uma “lâmpada” de LED.
Nenhuma
correcção de cor, saturação, brilho ou contraste.
Quando
acabei de explicar em três penadas estes fenómenos ao empregado do café aqui da
rua, tinha uma plateia de sete pessoas – ele e mais os seis clientes presentes
– a querer ver os resultados.
O
digital tem vantagens, digam lá o que disserem.
By me
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