segunda-feira, 1 de abril de 2013




Recordo ter aprendido na escola, ainda antes dos meus dez anos, que as terras nas duas margens do rio Tejo eram particularmente férteis porque as cheias sazonais traziam fertilizantes naturais.
Também recordo de, na mesma altura, ter aprendido que as construções tradicionais desta zona contemplavam as subidas das águas.
Mais tarde, e já no liceu, as aulas de história falaram-me na forma como as cheias do Nilo foram fundamentais para que a civilização egípcia se tenha desenvolvido.

Pergunto-me, assim, porque raio as inundações do Tejo são notícia, com direito a reportagens catastróficas e tons de pânico, a contrastar notoriamente com os semblantes quase tranquilos dos naturais das zonas abrangidas.
Suponho que um destes dias a notícia de capa ou abertura será a da tragédia de termos ficado sem luz do sol após o pôr-do-sol.

By me 

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