As
coisas são como são!
No
jornal Público de hoje vem um artigo (Notícia? Crónica? Opinião?) que nos
remete para “as palavras do ano”. Diz-se, na introdução, que foram 50,
escolhidas semana a semana, durante o ano de 2012 e que a selecção é de Rita
Pimenta.
A
ideia é interessante, pelo que o li. Senão com muito empenho, pelo menos numa
diagonal cuidada.
E,
apesar de ter usado, só por via de dúvidas, as ferramentas do browser para a
procurar, uma palavra houve que não encontrei. Lamentavelmente!
Refiro-me
a “Revolta”.
Trata-se
de um termo que poderia ser aplicado a muitas semanas do ano, algumas várias
vezes. Foi – é – o sentimento dominante numa parte significativa – muito significativa
– dos portugueses, patente em todo o lado em geral e nas ruas em particular.
Talvez
que a autora das escolhas não lhe tenha dado importância, por questões pessoais
ou editoriais.
Talvez
que a autora do texto tenha querido reservar a escolha da palavra para quando o
seu significado deixe de poder ser aplicado a uma boa parte dos Portugueses e
se aplique aos factos, manifestos nas ruas e de uma forma violenta, motivo de
notícia em todas as agências e cadeias de televisão.
Talvez
que a autora do texto passe a ter esse termo – Revolta – na ponta da língua ou
dos dedos no teclado quando ela própria deixar de ter salário ou não tiver como
dar de comer aos que dela dependam.
Talvez
que aqueles que lêem as suas linhas finalmente façam algo mais que apenas ler e
façam com que a dita palavra em falta – Revolta – seja mais que apenas uma palavra.
Talvez
que ela escolha este termo esta semana, pelos piores motivos.
By me
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