domingo, 27 de janeiro de 2013

Arqueologia dos prazeres




Dia de compras no supermercado cá do burgo.
O conceito de cristianismo não me aquenta nem me arrefenta, pelo que domingo é um dia bom, como qualquer outro.
Ponho no cesto o que constava da minha lista. Ir às compras com uma lista é das melhores formas de apenas se trazer aquilo que realmente queremos e não aquilo que nos impingem. As mais das vezes.
Desta acabei por ver à venda, sobras dos festejos natalícios, algo de que gosto particularmente: broas de milho. Aqueles doces tradicionais, feitos com produtos tradicionais e campestres, não dependendo de cozinhas e tradições importadas. Simples, barato e, se abusados, não muito recomendáveis para os intestinos. Mas de que gosto muito.
Não resisti e trouxe duas embalagens. Seria para fazer um gostinho à boca, em jeito de lanche.
Mas, e já que estou numa de gulosa, façamos tudo como deve ser. Gulodice por inteiro e tradicional. Pontaria para a secção dos queijos e venha uma embalagem de requeijão. E o lanche, quase jantar, assim aconteceu:
Requeijão, coberto com açúcar amarelo (esse já cá estava, que só gasto desse), acompanhado de broas de milho.
Para que os prazeres recuassem mesmo no tempo, fica a fotografia do que foi: as broas que sobraram e onde esteve o requeijão com açúcar, tudo fotografado com uma câmara digital com, talvez, quinze anos: Sony Mavica.
Para que conste, as imagens ficam registadas numa disquete 3 1/5, de 1,44 mb, tendo cada uma 640 por 480 ou seja 0,3 Mp.
Prazeres de antanho, uns vindos do supermercado, outros do baú das velharias.

By me 

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