Numa
montra de uma loja de jogos, ilusionismo e ofícios correlativos, vejo isto.
Um
jogo de sociedade, que muito joguei enquanto catraio, em família ou com os
amigos. Tenho por aqui algures um exemplar, não o de então que se perdeu na
voragem do tempo, mas um outro que adquiri há já uns anos valentes.
Difere
o meu deste nas tecnologias usadas. Que aqui não se usam notas mas antes cartões
electrónicos, como se de cartões de crédito ou débito se tratassem, bem como um
aparelho que regista os débitos e os créditos. Muito modernaço!
Mas
uma tristeza!
Retira
das mãos dos jogadores o dinheiro “real”, usando apenas o “virtual”.
Exactamente aquilo que esteve e está na raiz do problema ou crise que agora
atravessamos!
Ou,
se preferirem, uma forma de retirar da prática infanto-juvenil o dinheiro palpável,
levando os pequenos integralmente com “faz-de-conta”. E farão eles também na
vida real, de conta que têm dinheiro ou valores, ultrapassando nos seus gastos
o que têm ou são.
Disse-me
o empregado da loja que, apesar de concordar com os meus argumentos negativos sobre
o jogo, as crianças gostam porque imitam os pais.
Está
em saldo, nesta loja. Por metade do preço, o que significa que com vinte e tal
euros se compra. Só não me disse o empregado se com dinheiro real se com
valores fictícios.
E
é com estas virtualidades de valores que vamos formando os jovens. Mas não se
esqueçam aqueles que agora concebem e vendem o virtual, que num amanhã, não tão
distante quanto isso, necessitarão de atenções e cuidados bem reais!
By me
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