Que me recorde, já
o fiz por duas vezes.
Confrontado com
uma tarefa em que o equipamento impossibilitava a sua realização por más condições
de conservação, chamei a chefia e pedi-lhe que, sendo meu chefe e mais apto, me
mostrasse como o fazer.
Em ambos os casos os
seus sorrisos irónicos cedo se desvaneceram face à real impossibilidade de
operar os equipamentos naquelas condições. E em ambos os casos a situação foi
resolvida com equipamento de reserva.
Nos tempos que
correm não o posso fazer.
Não sei se quem
ocupa o lugar em causa saberia ligar aquilo com que trabalho, mas p’la certa
que não o saberia operar de uma forma que se pudesse chamar de “no limiar do
aceitável”.
Sabe dar ordens,
sabe dividir para reinar, sabe subir o tom de voz quando a conversa desagrada,
sabe dizer “eu sou o chefe”!
Agora substituir
algum dos chefiados…
Chefiar ou
coordenar um grupo de trabalho, seja qual for o âmbito, é bem mais que dar
instruções, é bem mais que insinuar-se junto de parte do grupo, porque
sorridentes ou sempre dispostos a um “sim”, mesmo quando a vontade é um “não”.
Chefiar um grupo
passa, entre outros aspectos, por lhes conquistar a confiança e mostrar-lhes
que se ocupa o cargo porque se sabe fazer o que os outros fazem e mais uns
trocos. E demonstrá-lo quando tal lhe é solicitado.
A autocracia nunca
criou lideres; apenas chefes. Frequentemente lixo. E disto estou farto!
Não sei, a falar
verdade, por quanto mais tempo aceitarei sem muitas ondas este estado de
coisas!
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário