“Não
adianta dar murro em ponta de faca!”
Esta
expressão, que tenho por oriunda do Brasil, é por si só tão explícita que
dispensa comentários.
“Não
adianta tentar fazer omeletas sem ovos!”
Expressão
popular, que já por diversas vezes foi tentada desmistificar. Em pacote, em pó,
liofilizados ou pasteurizados, ou bem que a matéria-prima era o velho ovo ou
não se conseguiram obter omeletas.
“Não
adianta esperar que a juventude se deixe ficar tranquila e conformada!”
Desconheço
se esta expressão consta de algum manual de psicologia ou sociologia, mas a
verdade é que é da inquietude e do inconformismo juvenil que surgem grande
parte das novas ideias e criações. E que arejam velhas cabeças empoeiradas!
“Não
adianta contar com empresas e povos bem geridos e livres se no topo da pirâmide
existirem mentecaptos ou autocratas!”
Ignoro
se esta expressão foi incorporada nalguma compilação de frases feitas,
populares ou não. Caso não conste, convém que rapidamente se preencha essa
lacuna.
É
que todos sabemos da história recente ou não tanto, próxima ou distante de nós,
o quanto isto é verdade. Algumas medidas, despoticamente tomadas ou
inconsequentemente avaliadas, podem parecer oportunas ou adequadas, mas com o
passar do tempo demonstra-se exactamente o oposto.
“Não
adianta decretar a lei da rolha!”
Esta
expressão provavelmente não é original mas, e até demonstração em contrário,
reclamo-lhe a paternidade.
Numa
sociedade virada para a comunicação e informação, onde a comunicação social é,
efectivamente, o quarto poder e bem forte, tentar silenciar as bocas ou
consciências é um acto fútil. E perigoso!
Por
motivos pessoais, corporativos ou políticos, por vingança ou ambição, dando a
cara ou no mais cerrado anonimato, a fuga de informações, a denuncia, a
calúnia, o soar das trombetas ou a coscuvilhice continuarão a proliferar.
E
quer seja por decreto ou normativo, em público ou em privado, ordem de serviço
ou despacho, explicitamente ou como ameaça velada vociferada numa discussão… A
lei da rolha é inconsequente.
Não
adianta!
By me
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