terça-feira, 8 de março de 2016

Homem estátua



Sinto-me particularmente orgulhoso quando um homem-estátua, que não conheço que não no seu ofício e só de passagem, quebra a sua imobilidade para me cumprimentar com um aceno de cabeça e um sorriso.

É-me muito mais importante isto (e em resposta a uma pergunta inaudita que me fizeram um destes dias) que o tentar imaginar o que acontecerá quando chegar o dia em que alguém tenha que decidir sobre os livros que fui juntando.

Tal como me é muito mais importante saber que uma fotografia que fiz há uma vintena de anos de uma então jovem senhorinha, serviu agora para que a sua filha lhe fizesse um retrato pintado.


Se aquilo que aprendemos nos livros, com uns eventuais pozinhos extras que possamos acrescentar de nossa autoria, de nada servir para os que nos rodeiam – seja qual for a distância no espaço ou no tempo – então foram absolutamente inúteis e pouco importa quantos são ou o que lhes acontece.  

By me

Sem comentários: