sábado, 12 de março de 2016

A luz



É interessante reparar que fazemos da luz o motivo ou a forma de festa.
Celebramos o regresso dos dias bonitos sem nuvens, celebramos aniversários com velas, largamos fogo de artifício e balões de ar quente com velas, usamos as mesmas velas para celebrar os deuses, decorar as casas, criar romance.
Indo bem mais longe, o livro sagrado dos cristãos, que replica o livro sagrado hebreu, começa assim – génesis 1:1:3 – “Deus disse “faça-se luz”. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas.”
Em oposição, o escuro ou ausência de luz é algo de mau. As celas e quartos escuros eram (ou são) usados como castigo, temem-se as ruas ou campos escuros sem candeeiros ou lua e há quem nem consiga dormir no escuro total.
A luz é, assim, uma bênção e a sua falta uma maldição.


Aqueles que não fizerem da luz e do seu trabalhar a pedra de toque do seu ofício nunca serão fotógrafos.

By me 

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