quinta-feira, 23 de abril de 2015

Nota prévia: Esta fotografia não foi feita por mim!





Num grupo de fotografia criado para partilha e aprendizagem fotográfica, surgiu uma ocasião um fulano a publicar uma imagem soberba: esta.
O comentário feito pela pessoa que o publicou dizia qualquer coisa como isto:
“Por vezes é uma questão de sorte”.
Eu conhecia a pessoa muito mal, tendo-nos cruzado uma vez apenas na vida real, salvo erro.
E, em olhando para a fotografia, dizia eu com os meus botões:
“De facto, por vezes é uma questão de sorte. Estar no local certo, no momento certo, acertar na técnica e antecipar o acontecimento… por vezes é uma questão de sorte.”
Mas quanto mais eu olhava para ela mais uma qualquer campainha soava cá dentro. E fico incomodado com campainhas cá dentro.
Pus-me em campo e fui procurar. Eu já havia visto aquilo em qualquer lugar, de algum modo. E havia, sim senhor.
Tinha sido, apenas, uma das dez melhores fotografias de super-lua desse ano, escolhidas pela National Geographic, e da autoria de Emanuel Lopes.

Entrei em contacto privado com quem a tinha publicado no grupo e disse-lhe que não era ele o autor. Retorquiu que sim, que até tinha os ficheiros originais para o provar.
Confrontei-o com a imagem on-line da revista e perguntei-lhe se havia mudado de nome ou se usava um pseudónimo.
Assim apanhado, respondeu-me que estava a brincar, que era uma partida para com o grupo, sem mal nenhum.
Pedi-lhe que se retratasse da coisa no grupo, assumindo a brincadeira e referindo o verdadeiro autor e a origem da imagem.
Recusou. Uma vez, duas vezes, três vezes.
Não lhe dei oportunidade para recusar de novo e exclui-o do grupo que formávamos, com um esclarecimento à comunidade do sucedido.
Não sei que é feito da pessoa em causa, que de algum modo não nos tornámos a cruzar, real ou virtualmente. Para benefício mútuo.

Não gosto de mentiras, não gosto de aldrabices, não gosto de usurpação de trabalho alheio, não gosto de quem não assume o que faz, mesmo que tenha feito errado! Entenda-se por “mentiras” tudo aquilo que não corresponda à verdade seja de que forma for, mas que seja usado para que o pareça.

E é um dos problemas dos “chicos espertos”, na vida real ou na net: nem lhes passa pela cabeça que possa haver quem seja picuinhas, quem seja desconfiado, quem vá saber e tirar dúvidas, quem tenha campainhas chatas a soar na cabeça. 

By me

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