segunda-feira, 13 de abril de 2015

Informaquê?



É curioso ver como aquilo que é meramente comercial – com fim lucrativo e nada mais – tem tanta publicidade gratuita nos media.
Refiro-me, muito concretamente, às séries televisivas.
Assim que se anuncia o fazer ou a sua emissão, logo tudo quanto é folha de couve ou jornal trata de o colocar na primeira página, como se de um assunto realmente importe fosse. E anunciando o sucesso das “temporadas” anteriores e que esta será ainda melhor: magnificente, com maior orçamento e renovado argumento.
Mais ainda: na sequência desta publicidade gratuita, deste transformar um mero negócio televisivo em notícia de primeira água, não há cão nem gato que, tendo acesso a televisão por cabo, não vá dar uma olhada. Para gáudio dos distribuidores de tv e engordar da carteira respectiva e dos anunciantes associados.
Alguns espectadores há que assumem o seguirem as séries com fanatismo, vendo e revendo cada episódio seja de forma e em que suporte for. Vão ainda mais longe, trocando opiniões sobre os respectivos conteúdos e protagonistas.
Outros, mais discretos, não se assumem como seguidores, mas fazem-no na mesma, na privacidade de um download pirata, de um dvd escondido na compra ou na tranquilidade de uma box.
Podem continuar a olhar-me de lado. Não pertenço ao grupo dos que vão nas modas e que consomem o que produtores e distribuidores lhes impigem p’la casa adentro, com encomendas subreptícias a jornais e quejandos.
Indo um pouco mais longe, prefiro usar do meu tempo a produzir conteúdos originais que a arrastar-me p’las modas dos cabos.

Quanto cobrarão os jornais, p’la porta do cavalo, p’ra colocarem na primeira página um texto e fotografia sobre uma série televisiva? 

By me

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