quarta-feira, 22 de abril de 2015

A tal luz de que gosto





Acho que já aqui falei (ou não?) da luz que mais gosto. A que vem do lado de lá.
Há vários motivos que me levam a gostar dela, para além de alguns mais relacionados com personalidade.
Um deles, sem dúvida, é o permitir que as texturas sobrevenham caso o assunto seja permeável à luz. No caso de flores ou folhas, as suas nervuras, as sombras projectadas de umas sobre as outras, a própria espessura do tecido vegetal fica muito mais em evidência.
Claro que isto tem dificuldades acrescidas.
O sol tem que estar baixo, o contraste com o fundo tem que ser notório e, particularmente importante, o pára-sol usado tem que ser eficaz. Bem eficaz, com comprimento e formato bem adequado à objectiva empregue.
Neste caso em particular, andei a brincar com uma objectiva que fazia parte do conjunto dos amadores entusiastas: uma smc Pentax 135mm, f/3,5.
Baioneta K, com transmissões mecânicas mas não eléctricas e de foco manual como gosto.
Acontece que o seu pára-sol é piquinino. Muito piquinino. Minorquinha mesmo. Fico mesmo a pensar para que se deram ao trabalho de o colocar, mesmo que retráctil como é. Se lhe acrescentarmos um filtro Sky 1A (para protecção), é como se não tivesse pára-sol.
O que me levou, uma vez mais, a fazer aquela figura estranha de segurar a câmara com a mão direita e ter a mão esquerda por cima da objectiva, prolongando o pára-sol até ao limite do visível. Pouco recomendado em termos de estabilidade mas o possível para evitar os flares que nos estragam as imagens.
Mas a luz de que gosto é esta, mesmo que não me consiga aproximar a menos de 1,5 metros com esta objectiva.

1/400, f/11, ISO 400, -1EV, sem edição que não um crop pequeno para as proporções de que gosto.

Nota extra: Nunca, mas nunca por nunca ser mato uma flor para a fotografar. Ou bem que as condições naturais o permitem fazer ou não será o meu prazer egoísta de fotógrafo que me levará a colher ou maltratar um ser vivo. Mesmo que uma flor.

By me

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