quarta-feira, 31 de julho de 2013

Tutti-fruti



Mesmo após uma aturada pesquisa em redor, não encontrei os que faltam.
Usados, todos do mesmo modelo e aparentando serem todos do mesmo tamanho.
Sei onde estão, relativamente perto de minha casa, e farei questão de, em passando por lá de quando em vez, ir verificando se se mantêm ou se foram recolhidos. Mas não creio que os serviços de limpeza urbana se aventurem no seu mister p’lo mato adentro.
Resta adivinharmos o como e o porquê de aqui terem chegado.
E, se se quiser levar o exercício de imaginação um pouco mais longe, que tipo de roupas combinariam com estas cores, já que o estilo é igual, quais os masculinos que com eles emparelhariam de noite junto à cama, por onde terão caminhado, ao som de que músicas terão dançado…
Mais que apenas os factos relatados numa fotografia, o divertido e realmente relevante é pensarmos em tudo aquilo que lhe deu origem e o que se lhe seguirá.

Que uma imagem fotográfica, retalho que é do contínuo espaço/tempo, nunca passará disso mesmo: um mero nico do todo. E, tal qual a literatura, dar-nos a liberdade de imaginar o restante.

By me

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