segunda-feira, 22 de julho de 2013

Estar na vida



Por muito estranho que possa parecer a alguns diletantes da fotografia, o meu objectivo enquanto fazedor de imagens fotográficas não é ser bom fotógrafo.
O meu objectivo é, antes sim, o encontrar prazer e satisfação na sua produção e consequências.
Satisfação em olhar para uma fotografia feita por mim e achar que funciona, satisfação em saber que quem vê o que vou fazendo sente algum prazer ou satisfação (ou exactamente o oposto) no acto de as ver.
Porque, e nunca nos enganemos, a fotografia é uma forma de comunicação. E a sua eficácia depende, em boa medida, da forma como o receptor reage. Se reagir no sentido previsto pelo autor, então a comunicação fez-se e o objectivo do fotógrafo realiza-se.
O ser bom ou mau depende, muito naturalmente, da subjectividade da época, cultura, quem analisa, do academismo…
Mas não me interessa ser bom fotógrafo. Interessa-me ter prazer no que faço, nas suas diversas vertentes.

Mas esse meu prazer não pode passar, de forma alguma, pelo desprazer, desconforto, incómodo, sofrimento, de quem é fotografado. A minha felicidade não pode passar pela infelicidade de alguém. Menos ainda daqueles cuja imagem me engrandece e me dá prazer.
Não se trata de leis ou códigos, escritos ou apenas falados.
É uma forma de estar na vida: a minha liberdade ou felicidade não passa por limitar ou impedir a liberdade ou felicidade de outrem.

Fotografia incluída.

By me 

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