sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um excepção


Eu não simpatizo com o PSD. Conheço-o desde a sua fundação e o seu ideal de sociedade está bem longe daquilo que considero o minimamente aceitável.
E esta minha não simpatia tem-se estendido a quase todas as suas figuras públicas, cujo desempenho e discurso têm conseguido desagradar-me com uma regularidade engraçada.
Aliás, diga-se em abono da verdade, que estes meus sentimentos se estendem a todos os partidos que, tradicionalmente, ocupam os lugares na Assembleia da República.
No entanto há que reconhecer que o PSD esteve bem neste “bater de pé” sobre a questão dos “Chips” nas matriculas. Os motivos que lhe assistiam não serão, necessariamente, os que mais me agradaram, mas o resultado foi o mesmo: os tais “Chips” deixarão de ser a forma de pagamento obrigatório para as SCUT. Pelo menos esta forma de quebra na privacidade dos cidadãos fica anulada.
Sobra, obviamente, a questão de este governo, bem como os partidos que compõem a oposição, estarem a criar um local onde o dinheiro, papel ou moeda, deixará de ter valor, ou seja, não se aceitarão os pagamentos em dinheiro mas tão só com ligações a uma qualquer instituição de crédito. Ou ainda, por outras palavras, o dinheiro emitido pelo Banco de Portugal, por todos nós, não terá valor nestas estradas.
Curioso, se pensarmos que a tendência da sociedade actual é valorar tudo e todos, com números e preços.
Definitivamente, não me consigo rever em nenhuma das organizações políticas que, supostamente, representam a forma de pensar e sentir dos Portugueses.

Texto e imagem: by me

Sem comentários: