quinta-feira, 1 de julho de 2010

Esta não fui eu


Esta não fui eu, garanto! Sou culpado de muitas intervenções sobre o que me incomoda e me cerceia na minha liberdade, mas desta vez estou inocente.
Não que a ideia não seja particularmente atractiva: virar para o ar as câmaras de vigilância que impunemente, vigiam e registam cada um dos nossos passos e gestos na via pública.
O imaginário – antecipação de Orwell esteve lá perto, mas não se atreveu a tanto.
Mas o que me tem vindo à mente é bem mais dispendioso, ainda que muito mais divertido: comprar uma dessas pistolas de “Paint-ball”, com bolinhas pretas ou vermelhas, e entreter-me a fazer-lhes pontaria até conseguir acertar em cheio na objectiva. Que diabo, se há anos que ando a usar objectivas para ver e captar, também me sinto no direito de fazer o oposto!
Principalmente quando esta câmaras de vigilância são instaladas à revelia das regras existentes: A Comissão de Protecção de Dados tem-nas bem definidas, assim como a lei. E não é qualquer um que, à-toa, o pode fazer em qualquer lado!
Mas, olhando para este exemplo, não sei se não irei passar a andar com um segundo monopé, que me dará o comprimento de braço suficiente. Bem mais barato que o “Paint-ball”, ainda que não dê tanto gozo.

Texto e imagem: by me

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