A questão acendeu-se de novo. Estamos na época delas, em que gente há que pouco ou mais tem que fazer que tratar disto e quejandos!
Um conhecido apresentou-se um destes dias, de muito calor, de calções e sandálias no trabalho. Entenda-se que dois terços das suas tarefas são executadas sentado, num local recatado e escuro. O outro terço, passa-o, sempre dentro da empresa em que trabalha, de pé e em contacto com colegas e alguns – raros – convidados que lá possam surgir, em regra gente que está desejosa de ali ir fazer o que tem que fazer.
Pois a hierarquia deste meu conhecido tratou de o advertir que aqueles não eram propósitos de se apresentar ao trabalho e que seria de bom-tom não o repetir.
Comentada a questão, lá onde trabalho, fui surpreendido com o coro de concordância. Tanto por parte dos homens como das mulheres. Que um homem, na melhor das hipóteses, deverá apenas usar calção comprido, tipo “bermuda” e sapatinho tipo vela ou equivalente. Chinelo, sandália, calção acima do joelho, camisola de manga à cava ou de alças não são propósitos, melhor, são despropósitos, podendo mesmo vir a ser considerados ofensivos.
Claro está que se fosse uma mulher, com decotes generosos ou mais ainda, ou com mini-saia tipo cinto largueirão já seria possível, dependendo de ela se sentir ou não confortável com essas roupas, ou de se importar, ou não, de mostrar as mamas ao debruçar-se, ou o rabo ao sentar-se.
Estas mentes tacanhas, que correm atrás de qualquer novidade tecnológica e que aderem às modas mais estranhas terão, pela certa, uma libido particularmente sensível no que toca à pele masculina.
Preferirão que a etiqueta do traje se mantenha, antes que percam o trambelho perante um joelho mais redondo, ou um ombro mais musculado, ou ainda uns peitorais mais desenvolvidos.
Sorte a minha, que nunca liguei ao que poderão pensar da minha forma de ser e estar e que, sabem-no colegas e chefias, que levarão para contar no dia em que resolverem embirrar com a minha pelagem, com os meus coletes ou os meus sapatos cambados.
Mas talvez que um destes dias, só mesmo pela provocação, os confronte com umas surpresas de vestuário. E sempre quero ver quem se atreverá a criticar-me na cara. Que, fora dela, nem me quero saber.
Texto: by me
Imagem: me by me, e tremei, oh gentes sensíveis!
Um conhecido apresentou-se um destes dias, de muito calor, de calções e sandálias no trabalho. Entenda-se que dois terços das suas tarefas são executadas sentado, num local recatado e escuro. O outro terço, passa-o, sempre dentro da empresa em que trabalha, de pé e em contacto com colegas e alguns – raros – convidados que lá possam surgir, em regra gente que está desejosa de ali ir fazer o que tem que fazer.
Pois a hierarquia deste meu conhecido tratou de o advertir que aqueles não eram propósitos de se apresentar ao trabalho e que seria de bom-tom não o repetir.
Comentada a questão, lá onde trabalho, fui surpreendido com o coro de concordância. Tanto por parte dos homens como das mulheres. Que um homem, na melhor das hipóteses, deverá apenas usar calção comprido, tipo “bermuda” e sapatinho tipo vela ou equivalente. Chinelo, sandália, calção acima do joelho, camisola de manga à cava ou de alças não são propósitos, melhor, são despropósitos, podendo mesmo vir a ser considerados ofensivos.
Claro está que se fosse uma mulher, com decotes generosos ou mais ainda, ou com mini-saia tipo cinto largueirão já seria possível, dependendo de ela se sentir ou não confortável com essas roupas, ou de se importar, ou não, de mostrar as mamas ao debruçar-se, ou o rabo ao sentar-se.
Estas mentes tacanhas, que correm atrás de qualquer novidade tecnológica e que aderem às modas mais estranhas terão, pela certa, uma libido particularmente sensível no que toca à pele masculina.
Preferirão que a etiqueta do traje se mantenha, antes que percam o trambelho perante um joelho mais redondo, ou um ombro mais musculado, ou ainda uns peitorais mais desenvolvidos.
Sorte a minha, que nunca liguei ao que poderão pensar da minha forma de ser e estar e que, sabem-no colegas e chefias, que levarão para contar no dia em que resolverem embirrar com a minha pelagem, com os meus coletes ou os meus sapatos cambados.
Mas talvez que um destes dias, só mesmo pela provocação, os confronte com umas surpresas de vestuário. E sempre quero ver quem se atreverá a criticar-me na cara. Que, fora dela, nem me quero saber.
Texto: by me
Imagem: me by me, e tremei, oh gentes sensíveis!
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