terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma questão de moedas



Têm-me feito o especial favor de me chamar de arauto da desgraça, cavaleiro do apocalipse, criador de teorias da conspiração, e outros mimos do mesmo calibre.
Para esses, acabo por lançar o meu olhar de condescendência, sabendo que não é pelo facto de eles não verem as coisas do meu ponto de vista que os faz estarem certos e eu errado.
Infelizmente, há já uns meses que venho afirmando que a crise que está a atravessar alguns países europeus não é casual nem devido, em exclusivo, aos seus próprios erros. No fim de contas, se virmos bem as coisas, as agências de notação que vão classificando as economias e, com isso, segurando ou afundando-as, são todas americanas. A quem dá muito jeito que a economia europeia se afunde. Não muito, mas o suficiente para não por em perigo a própria economia do dollar.
Por outro lado, e isto não foi muito divulgado, talvez que o principal motivo para ter acontecido a invasão do Iraque foi o facto de Sadam Hussain estar a querer negociar o seu petróleo em euros e não em dollares.
Agora vejo este artigo no jornal público, de antecipação económica.
Diz ele que em 2025 deixará de haver uma hegemonia do dollar no comércio mundial para acontecer uma equiparação entre ele, o euro e o ian. Opinião emitida pelo banco mundial.
Claro que isto não será novidade para os norte-americanos, que não gostam da coisa e que estarão a actuar em conformidade, deixando fraca qb a moeda mais fácil de derrubar: o euro. Que nós, europeus, não nos entendemos. E em derrubando-a, depois tratariam dos chineses.
No meio de tudo isto, os portugueses não vão passando de munições numa guerra que não é a nossa, mas que alguns, venerandos e obrigados, vão aplaudindo.
O melhor mesmo é decidirmos se queremos ou não sermos carne para canhão. E o princípio de Junho será uma boa ocasião para fazermos.

Mas isto vou dizendo eu, que sou o arauto da desgraça, pessimista e anti-sistema! E, além do mais, tenho um “Azinho” na lapela.

By me

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