sexta-feira, 20 de maio de 2011

Orwell mais uma vez



Perante a lei todos os cidadãos são iguais. É a lei no seu intento e é a lei na sua letra.
No entanto, e citando uma vez mais George Orwell, “Há uns que são mais iguais que outros”!
Eis o que nos conta o jornal Público:

Uma magistrada do Ministério Público foi detida em Cascais por um agente da Polícia Municipal por estar a conduzir em contramão e com uma taxa de alcoolemia de 3,08g/litro de sangue, o que constitui crime. No entanto, mais tarde foi libertada por um procurador seu colega, noticia o Correio da Manhã.
O magistrado que anulou a detenção de Francisca Costa Santos, adianta o mesmo jornal, alterou a prática corrente da comarca e ignorou um parecer de 2008 da Procuradoria-Geral da República que considera legítimas as detenções feitas pela Polícia Municipal em flagrante delito, como foi o caso.
A anulação da detenção e do termo de identidade e residência aconteceu na passada terça-feira de manhã, poucas horas depois da magistrada ter sido interceptada a conduzir em contramão na rua Alexandre Herculano, em Cascais.
A procuradora foi sujeita a um teste que revelou uma elevada taxa de álcool no sangue, tendo o agente consumado a detenção e posterior libertação, notificando a magistrada a apresentar-se no Tribunal de Cascais na manhã seguinte.
A procuradora compareceu perante o seu colega que considerou a detenção ilegal, tendo anulado tanto a detenção como o termo de identidade e residência. O processo baixou a inquérito e procuradora saiu em liberdade.
Nenhum dos envolvidos quis comentar o caso ao Correio da Manhã.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para se acreditar que este processo foi credivel, devia vir a público uma explicação de um "provedor" destes assuntos, alguém que saiba explicar o caso.
De outra forma começo a ter receio de andar na estrada com pessoas com este teor de alcool.Caso contrário,nós povo devemos instaurar um processo de averiguações, para nossa salvaguarda.