sábado, 14 de maio de 2011
Procissão
Não há duas sem três, diz o povo. E deve ter razão.
Este foi o terceiro Multibanco assaltado com explosivos, do qual levaram a caixa do dinheiro. Coincidência, ou não, tinha estas caixas sido reabastecidas no dia ou na véspera, pelo que estavam bem recheadas.
Não me interessa o que possam dizer moralistas e afins:
Certo é que a iniciativa privada e a competitividade estão a vigorar, pelo menos no mundo dos assaltantes. E com inovação, também, assim como com o recurso a tecnologias inovadoras.
E se há que fazer assaltos, que a crise está aí bem presente, que seja a bancos e multibancos, que estão protegidos pelos seguros. Agora ao pacato do cidadão comum, quer seja por esticão, quer seja por arrombamento, quer seja de arma em punho, esse não está protegido de coisa alguma e cada cêntimo que lhe roubarem é um cêntimo que lhe tiram da boca e da dos seus.
Brincadeiras à parte, acredito que serão mais rapidamente apanhados e julgados estes que ousaram assaltar um banco que os que andam a roubar carteiras ou fios dos pescoços de quem anda de metro ou nos passeios. Que as forças de segurança têm prioridades e, certamente, não serão os tolos que caminham com dinheiro na carteira. Como eu ou você.
Também estou em crer que os índices de criminalidade aumentarão na proporção directa do encerramento de pequenos negócios e despedimentos.
Até porque a procissão ainda vai no adro.
By me
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