quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Eram uns quantos
Eram uns quantos. Uns quantos que, como este aqui da esquerda, estavam estacionados em cima do passeio.
Depois de ter posto a carta nos correios, regressei ao local e fiz as fotos do costume. Lamentavelmente do costume.
E estava eu por ali, na esperança de ver as carantonhas de quem tal havia feito, quando vejo descer a rua um carro patrulha. Não tinha nada que saber: Fiz-lhes sinal para pararem.
Aproximei-me da janela da direita e a agente que aí estava perguntou-me o que se passava. A minha resposta foi simples:
“Como é que eu posso caminhar pelo espaço que me está reservado?”
O agente que conduzia perguntou, deixando-me desconcertado:
“E qual é o espaço que lhe está reservado?”
“O passeio!”, retorqui, fazendo um gesto amplo e mostrando os quantos lá estavam parados.
Manobraram o carro e estacionaram onde se vê, saindo para continuar a conversa. Expliquei-lhes eu a ilegalidade da situação, bem como da frequência com que acontece.
Fui então informado que não eram da zona, mas que haviam chamado o carro patrulha correspondente. E foram à sua vida, ele e ela, de farda, crachá ao peito e arma à cinta.
“Bem posso esperar!”, pensei. E enganei-me!
Uns cinco minutos, ou o tempo de um cigarro, depois, eis que chega outro carro patrulha. Juntaram-se os quatro agentes, conferenciaram, os primeiros foram-se e os segundos vieram tomar conta da ocorrência.
Entretanto, já tinham debandado os que estavam, bem como um outro que, no meio-tempo, tinha parado.
Conversa vai, conversa vem, debatemos a questão do estacionamento ilegal nesta rua, bem como no resto da freguesia, e fiquei a saber que é a mesma patrulha que cuida das autuações nestes casos que também cuida das questões criminais e das desavenças conjugais, quando para tal é chamada. E que tinham interrompido uma chamada para um assalto a uma loja, já consumado, para aqui virem em resposta ao pedido dos colegas.
Foram-se, com a minha esperança de que algo fizessem junto da hierarquia.
E ainda mal tinham chegado ao fundo da rua, já outro ocupava de novo o passeio.
Desisti! Por hoje desisti! Mas só por hoje, entenda-se, e da parte da manhã, que de tarde logo se vê!
Texto e imagem: by me
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