O tempo é dividido
em diversas unidades: anos, luas, horas, segundos, milénios…
Profissionalmente,
o meu divide-se em 1/25 do segundo. É quanto dura cada imagem que transmito.
25 imagens por
segundo! 1500 imagens por minuto! 90.000 imagens por hora!
Este é o meu ritmo
de trabalho.
Com esta
quantidade de opções por unidade de tempo, não tenho grande oportunidade de me
preocupar com formalidades e graus de tratamentos inter-pessoais.
Divido os meus
relacionamentos em dois grupos: os companheiros de trabalho, seja qual for a
sua função ou idades e os convidados, externos à empresa, que temos em frente
das câmaras.
Para com os
primeiros, tenho um tratamento por “tu”. Igualitário! Fraternal!
Indiferenciado! Seja qual for a sua posição na enorme pirâmide hierárquica que
por lá existe.
Para com os
convidados tenho um tratamento na terceira pessoa, por “você”. Entram como convidados,
saem como conhecidos mas são convidados, a quem há que tratar com a deferência
que alguma cerimónia impõe.
Há ainda uma
terceira abordagem: o tratamento por “você” para com as pessoas com quero
assumidamente ter uma tratamento à distância, com quem não quero ter
intimidades. Se levar as coisas ao limite e quiser ser mesmo insultuoso, tratarei
por “Vossa Excelência”.
Goste-se ou não,
nascemos da mesma forma e acabaremos do mesmo jeito. E não tenho tempo nem
paciência para discriminações de idade, posto laboral, categoria social ou
classificação honorífica.
By me
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