segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Paciência ou falta dela



Fosse eu crente numa qualquer divindade, ou conjunto de divindades, e haveria uma oração que repetiria várias vezes ao dia.
“Meu deus: dai-me paciência para aturar muitos dos seres humanos, que se me dais força parto-lhes a cara.”
Confesso que me recordei dela muitas vezes hoje, inserida naquela rotina de quem sai de casa e vai para o trabalho todos os dias.
Uma das situações que me encheu mesmo as medidas, uma vez mais, foi ver a quantidade de gente que cruza – entrando ou saindo – as portas de mola de um centro comercial e que ignora por completo quem vem atrás. E, muitas vez, acertando com a bendita porta em cheio.
Tal como é banal que aqueles que são alvo de uma gentileza, como o segurar a porta ou o ceder a passagem, não agradeçam nem repliquem o gesto para com um terceiro. Mesmo se esse terceiro transporta uma criança pequena, usa bengala ou tem as mãos ocupadas com sacos vários.


Foram muitas as ocasiões que hoje, ao longo de todo o dia, me recordei da minha oração agnóstica. Incluindo na porta de um centro comercial.  

By me

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