Fosse eu crente
numa qualquer divindade, ou conjunto de divindades, e haveria uma oração que
repetiria várias vezes ao dia.
“Meu deus: dai-me paciência
para aturar muitos dos seres humanos, que se me dais força parto-lhes a cara.”
Confesso que me recordei
dela muitas vezes hoje, inserida naquela rotina de quem sai de casa e vai para
o trabalho todos os dias.
Uma das situações
que me encheu mesmo as medidas, uma vez mais, foi ver a quantidade de gente que
cruza – entrando ou saindo – as portas de mola de um centro comercial e que
ignora por completo quem vem atrás. E, muitas vez, acertando com a bendita
porta em cheio.
Tal como é banal
que aqueles que são alvo de uma gentileza, como o segurar a porta ou o ceder a
passagem, não agradeçam nem repliquem o gesto para com um terceiro. Mesmo se
esse terceiro transporta uma criança pequena, usa bengala ou tem as mãos
ocupadas com sacos vários.
Foram muitas as
ocasiões que hoje, ao longo de todo o dia, me recordei da minha oração agnóstica.
Incluindo na porta de um centro comercial.
By me
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