Temos visto surgir
no panorama político nacional, novas formações.
Umas assumem-se
como partidos, outras como movimentos, outras ainda nem uma coisa nem outra.
E eu tenho estado
mais ou menos atento, a umas mais que outras. Tentando perceber os objectivos,
se os seus protagonistas não forem, desde logo, esclarecedores.
E o que me tem
custado em todas estas noveis organizações, umas mais conhecidas e tentando
implantar-se no eleitorado, outras ainda em modo embrionário, é que a principal
preocupação é o modo e não o objectivo. Alardeiam e defendem uma maior e eficaz
“democracia”, transparência, ligação representante/representado, mas sempre em
modo evolutivo.
Ou, se preferirem,
o conceito de sociedade que defendem é, mais detalhe, menos pormenor, aquele em
que vivemos.
Não os oiço falar,
nem em público nem mais em privado, em sociedades mais igualitárias, na
erradicação dos fossos sociais, no direito que todo o humano tem, pelo simples
facto de ter nascido, a ter uma vida digna, feliz e confortável.
Por outras
palavras, aquilo que sinto é “mais do mesmo”, com outras roupagens e enfeites.
Não é isto que
quero!
Não quero cuidados
de saúde privada para alguns e muitos privados de cuidados de saúde.
Não quero decisões
judiciais céleres para alguns e para outros morosas e inacessíveis.
Não quero ver
condomínios privados e gente a dormir em cartões.
Não quero ver
gente a comer dos caixotes de lixo dos restaurantes de super luxo.
Não quero ver
gente a estudar e muitos outros impedidos de o fazer.
Nascemos e
morremos do mesmo modo: com um choro no início e um suspiro no fim. O que
medeia um momento e o outro também assim deve ser.
Quero uma
sociedade igualitária, fraterna, sem elites, castas ou classes sociais.
Herdadas, conquistadas pelo voto ou pelo dinheiro.
Aqueles que se
propuserem a fazê-lo terão o meu apoio, físico e intelectual. Mas para “mais do
mesmo”, mudando métodos e protagonistas e mantendo objectivos, tem bastado os últimos
trinta e tal anos.
By me
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