Não é fácil, mas
fico sem argumentos urbanos e cordatos.
Diz-se “os pobres
existem como sempre” como se se tratasse de uma inevitabilidade, tal como a
morte ou o ocaso.
Dizia-se o mesmo
da escravatura, da pena de morte, do direito de pernada…
Por muito sofista
ou por grande que seja a minha capacidade de argumentação, não conseguirei
justificar tal afirmação àqueles que vejo da minha janela (vi há minutos) a
recolher o seu almoço destes contentores.
Quando as elites
endinheiradas ou intelectuais aquilatam o universo pelas suas próprias experiências,
tenho dificuldade em argumentar de forma civilizada.
By me
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