Aquela senhora,
toda inchada de orgulho, foi assistir à cerimónia de juramento de bandeira do
filho.
Aquando do desfile
das tropas em parada, diz ela, prazenteira e derretida, para a quem quis ouvir
em redor:
“Meu rico filho! São
tantos a marchar e só ele leva o passo certo!”
Pondo de parte a
anedota, saiba-se que do ponto de vista filosófico até pode ser a melhor
abordagem, com os melhores resultados. A inovação advém de se “marchar com o passo
trocado”.
Na prática e no
quotidiano, haverá que ter muitas certezas, muita segurança no marcar do passo,
ou o resultado pode ser desastroso. Para todos, mas principalmente para quem
assim marcha.
Alguns, sem discernimento
suficiente, não entendem quando se deve acertar o passo ou se deve trocá-lo.
Regra geral, afundam-se.
Ande-se com o
passo trocado se assim se o entender, caramba! Mas saiba-se argumentar o porquê
e defender essa argumentação!
Que não basta
dizer “eu sou artista e é assim que fica bem!”, tal como não basta dizer “eu sou
anarquista e é assim que eu quero!”
Sem argumentação,
sem bases de sustentação, toda a afirmação é tão útil ou valiosa quanto a ponta
de cigarro que deitei fora o ano passado.
By me
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