sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Acertar ou trocar o passo?



Aquela senhora, toda inchada de orgulho, foi assistir à cerimónia de juramento de bandeira do filho.
Aquando do desfile das tropas em parada, diz ela, prazenteira e derretida, para a quem quis ouvir em redor:
“Meu rico filho! São tantos a marchar e só ele leva o passo certo!”

Pondo de parte a anedota, saiba-se que do ponto de vista filosófico até pode ser a melhor abordagem, com os melhores resultados. A inovação advém de se “marchar com o passo trocado”.
Na prática e no quotidiano, haverá que ter muitas certezas, muita segurança no marcar do passo, ou o resultado pode ser desastroso. Para todos, mas principalmente para quem assim marcha.
Alguns, sem discernimento suficiente, não entendem quando se deve acertar o passo ou se deve trocá-lo. Regra geral, afundam-se.
Ande-se com o passo trocado se assim se o entender, caramba! Mas saiba-se argumentar o porquê e defender essa argumentação!
Que não basta dizer “eu sou artista e é assim que fica bem!”, tal como não basta dizer “eu sou anarquista e é assim que eu quero!”
Sem argumentação, sem bases de sustentação, toda a afirmação é tão útil ou valiosa quanto a ponta de cigarro que deitei fora o ano passado.



By me

Sem comentários: