Enquanto
me surpreendia, deliciava e fotografava esta árvore assim “decorada”, num banco
próximo uma senhora comentava:
“Pintarem
assim uma árvore tão bonita…!”
As
circunstâncias não me permitiam alongar-me em explicações, p’lo que acabei por
ficar calado.
Mas,
podendo, sempre lhe diria que esta árvore não foi pintada mas antes serviu de
cartaz.
Que
os cartazes são, regra geral, feitos de papel e este de madeira. Poupou-se todo
o processo de transformação.
Que
a árvore sobreviverá ao escrito, ao mudar a casca.
Que
este cartaz, feito em frente a uma escola secundária em Lisboa, durará muito
mais que qualquer outro feito de papel.
Que
esta afirmação de revolta juvenil é perfeita.
Que
tenho pena que tenhamos “crescido” a ponto de já quase nem pensarmos, quanto
mais escrevermos, coisas como esta.
Palmas
a quem o escreveu!
By me
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