São
pedacinhos como este, que passam anónimos e desapercebidos, que fazem as
diferenças.
Nesta
rua em Lisboa, que até tem um tamanho razoável, cada prédio tem um desenho
diferente, quer se trate de janelas, portas, varandas, telhados ou cores. Não
há aqui dois iguais.
Este,
em particular, possui apenas um piso com varandas, o primeiro. E com este
resguardo.
A
sua simetria perfeita, o jogo de linhas curvas intervalando com as rectas, os
ritmos por elas provocadas, os cruzamentos, paralelismos, diagonais e
verticais, ainda que possam ser ingénuos, mostram o apuro ou cuidado do
arquitecto ou dono da obra no seu desenho por forma a que, cumprindo as
funções, fosse agradável à vista. E conseguiram-no, para nossa satisfação.
Este
prédio data algures dos anos 50 do século XX. Talvez dos seus finais. E, por
aquilo que se pode ver dele e dos demais desta zona (Areeiro), está para durar,
com pequenas intervenções de restauro aqui e ali no bairro.
Para
quem se atrever a passear por esta ou outra qualquer cidade e levantar o nariz
do chão, encontrará pela certa esta e outras pequenas obras de arte. Que passam
desapercebidas mas que, em dando com elas, nos fazem ganhar o dia.
By me
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