terça-feira, 15 de julho de 2014

As bilhas



A situação seria cómica, se não fosse trágica!
Há coisa de um mês, querendo eu apagar um cigarro antes de entrar no supermercado do meu bairro, dou com algo de muito semelhante ao que se vê na imagem: o cinzeiro colocado mesmo ao lado das botijas de gás, cheias e vazias.
Claro que não gostei. Nem um nico.
Que mesmo estando ao ar livre e sendo uma zona ventosa, não se recomenda que se fume ou fogueie nas imediações. Manda o mais elementar bom-senso e mandam os avisos colocados nos expositores.
Entrei na loja, pedi para falar com o ou a responsável de serviço (era uma senhora) e levei-a ao local, perguntando-lhe se era nova moda convidarem os clientes a fumar junto às botijas de gás.
Claro que ficou tão incomodada quanto eu e resolveu logo ali o assunto, arrastando o cinzeiro para um ponto distante, dobrando uma esquina.
O raio do cinzeiro é mesmo pesado, que está feito para não ser levado por dá cá aquela palha, e ajudei-a na tarefa.
Hoje, quase um mês depois, dou com a mesma situação.
Tratei de, de novo, chamar o ou a responsável (novamente era uma senhora) e tratei de lhe mostrar a coisa, fazendo-lhe a mesma pergunta irónica com o acréscimo de a informar que há um mês que aquilo tinha acontecido.
Também ficou aborrecida com o facto e mostrou-me onde estava o preçário, indicador de que as botijas não deveriam ali estar. “Vou já tratar disso”, disse-me. E tratou.
Poucos minutos depois, uma funcionária com um empilhador, mudou de local as três grades de garrafas.
Assunto resolvido, pensei. Como estava enganado!
Meia hora depois, e depois de ter feito as minhas compras, constato que na outra porta a situação se repetia. O que se vê na imagem.
O comentário que fiz à funcionária, uma outra, que estava a entregar uma botija cheia, e com quem já tinha conversado anteriormente, nada teve de jocoso ou irónico. Consegui não ser rude ou mal educado, mas de simpático nada tive.
Minutos depois, um outro funcionário removia as grades.
Confesso que nunca pensei, depois do reparo feito há um mês, que isto se repetisse. E ignoro por completo quantas vezes esta situação acontece, que não vou lá todos os dias, ou mesmo semanas.
Mas uma coisa é certa: vou “pôr a boca no trombone” em tudo quanto é lado.

Não me apetece ir buscar carne e ficar em torresmos!

By me

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