A
situação seria cómica, se não fosse trágica!
Há
coisa de um mês, querendo eu apagar um cigarro antes de entrar no supermercado
do meu bairro, dou com algo de muito semelhante ao que se vê na imagem: o
cinzeiro colocado mesmo ao lado das botijas de gás, cheias e vazias.
Claro
que não gostei. Nem um nico.
Que
mesmo estando ao ar livre e sendo uma zona ventosa, não se recomenda que se
fume ou fogueie nas imediações. Manda o mais elementar bom-senso e mandam os
avisos colocados nos expositores.
Entrei
na loja, pedi para falar com o ou a responsável de serviço (era uma senhora) e
levei-a ao local, perguntando-lhe se era nova moda convidarem os clientes a
fumar junto às botijas de gás.
Claro
que ficou tão incomodada quanto eu e resolveu logo ali o assunto, arrastando o
cinzeiro para um ponto distante, dobrando uma esquina.
O
raio do cinzeiro é mesmo pesado, que está feito para não ser levado por dá cá
aquela palha, e ajudei-a na tarefa.
Hoje,
quase um mês depois, dou com a mesma situação.
Tratei
de, de novo, chamar o ou a responsável (novamente era uma senhora) e tratei de
lhe mostrar a coisa, fazendo-lhe a mesma pergunta irónica com o acréscimo de a
informar que há um mês que aquilo tinha acontecido.
Também
ficou aborrecida com o facto e mostrou-me onde estava o preçário, indicador de
que as botijas não deveriam ali estar. “Vou já tratar disso”, disse-me. E
tratou.
Poucos
minutos depois, uma funcionária com um empilhador, mudou de local as três
grades de garrafas.
Assunto
resolvido, pensei. Como estava enganado!
Meia
hora depois, e depois de ter feito as minhas compras, constato que na outra
porta a situação se repetia. O que se vê na imagem.
O
comentário que fiz à funcionária, uma outra, que estava a entregar uma botija
cheia, e com quem já tinha conversado anteriormente, nada teve de jocoso ou irónico.
Consegui não ser rude ou mal educado, mas de simpático nada tive.
Minutos
depois, um outro funcionário removia as grades.
Confesso
que nunca pensei, depois do reparo feito há um mês, que isto se repetisse. E
ignoro por completo quantas vezes esta situação acontece, que não vou lá todos
os dias, ou mesmo semanas.
Mas
uma coisa é certa: vou “pôr a boca no trombone” em tudo quanto é lado.
Não
me apetece ir buscar carne e ficar em torresmos!
By me
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