Gosto
de encontrar irmãos.
Não
me refiro a questões de sangue ou aparências. Refiro-me a pensamentos e actos.
Uso
eu, no bolso do colete, uma corrente de autoclismo. Não a tenho à vista como
decoração ou identificação grupal mas sim para efeitos fotográficos. Substitui,
com limitações óbvias, um monopé em condições de pouca luz.
Quando
acontece vir à conversa, refiro-a e mostro-a, brincando com o seu nome e
apreciando o ar de espanto do meu interlocutor.
Pois
um destes dias encontrei uma alma gémea na capacidade de usar objectos com funções
bem distintas das originais. Não para se exibir, não para ser do contra, mas
porque lhe dá prazer e satisfação. Tão simples quanto isso.
Uma
banalíssima corrente de lavatório usada como pulseira.
Disse-me
quem a usa que além de gostar de a ver ali, no pulso, tem a enorme vantagem de
não se preocupar com águas, lavagens ou manchas de verdete. E que, em
acontecendo o fechinho se partir, é só ir a uma loja de ferragens e trazer
outro. Sem mais dispêndios ou incómodos.
Gosto
de coisas simples e despretensiosas. À margem das modas, lojas chiques ou
grupos.
E
gosto mais ainda de quem as cria e lhes dá uso.
Viva
quem faz!
Byme
Sem comentários:
Enviar um comentário