Um
cão reconhece sempre outro cão. E eu ando sempre ao cheiro!
Ganhamos
hábitos (ou vícios) que se tornam difíceis de perder. E eu, em andando na rua
de olhar alerta, há coisa que não deixo escapar: uma Pentax nas mãos de alguém.
Já
vão sendo tão raras de encontrar, por via dos marktings de outras marcas, que
cada vez que vejo uma trato de fazer o registo da feliz ocasião.
No
meio daquela maralha que se juntava para um “evento” musical e fora dos
festivais da moda, o que me saltou à vista foi a objectiva.
Vi-a
de lado, ainda antes de ver a câmara e a marca e apercebi-me logo que se
tratava de uma “fixa” ou “primária”. Nos tempos que correm ainda é mais raro,
mais a mais com este tamanho. O que está na moda são as pequeninas, focais
curtas. Não as “meia-tele”.
E
se fiquei de olho arregalado, suspeitando do que via, aquela bolinha branca
tirou-me todas as teimas ainda antes de ver mais do conjunto.
Tinha
que fazer o registo e meti conversa.
Fiz!
Calhou,
durante o concerto, ficarmos perto um do outro. Ou talvez não tenha calhado,
que a posição era sonoramente a melhor e fotograficamente também: de frente
para o palco, logo atrás das cadeiras, ocupadérrimas que estavam.
E
apercebi-me de uma coisa, interessante de denunciadora: Tal como eu, também ele
estava bem mais preocupado em ouvir a música que ali se produzia que em fazer
fotografia. Apenas nas pausas, e nem todas, aquela câmara subia à cara e se
ouvia o clic do disparo. Bem ao contrario de muitas outras, caras e volumosas
ou nem tanto, incorporadas em telemóveis ou quejandos, em que os seus
utilizadores passaram quase mais de metade do tempo a fazer registos. Suponho
que não tenham ouvido a música.
Parecerá
talvez estranho o que vou dizer: mas certo é que quem usa uma Pentax tem um
comportamento diferente da maioria de quem usa as marcas da moda.
Mas
sou particularmente suspeito nesta afirmação.
By me
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