Volta
e meia, quando estou menos “inspirado” logo de manhã, recorro aos arquivos para
manter o fluxo de publicações. Ou “copy/past” ou como dica para algo de novo. Foi
o caso hoje.
Tratei
esta fotografia e deixei-a pronta para publicar. Mas achei que seria pouco. Ela
mesma ou o que em torno dela encontrei para dizer. E fui aos arquivos do que
tenho publicado.
Tropeço
numa crónica, já com uns oito anos, que, por si mesma, nada tem de especial.
Comportamentos positivos e solitários de terceiros que, a troco de coisa alguma
e apenas porque lhes apeteceu, fizeram algo por desconhecidos. Por si mesma
nada tinha de muito especial.
O
que me despertou a atenção foi um comentário então deixado feito por um
compincha da net, com quem estive uma meia dúzia de vezes.
Tornou-se
ele uma referência no meu próprio percurso. As suas fotografias, as suas opiniões
e saber sobre a vida, as interacções, a pedagogia, a filosofia, as políticas
praticadas e anunciadas… Os seus textos e comentários, mesmo que pontualmente
dele discordasse, eram sempre para serem lidos ou ouvidos com atenção e
pensados com convicção.
Morreu,
há uns meses.
A
logística da distância dificultou a minha presença nas exéquias, tal como nas homenagens
que a sociedade em que se inseriu lhe prestaram e prestam. Mas, e ao mesmo
tempo, simplificou-me a vida.
Que
não estive naqueles momentos pungentes das despedidas para sempre, que marcam e
cuja memória, por vezes, se sobrepõe ao que de facto foi importante na sua
vida.
Egoísmo,
talvez.
Hoje,
em olhando para o arquivo, tropeço num comentário seu. Este é um pedacinho:
“Uma
das técnicas mais conhecidas de condicionamento é reforçar os comportamentos
adequados, premiando-os.”
Muito
egoisticamente guardo para mim o seu nome.
By me
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