quinta-feira, 3 de julho de 2014

Selfies



Há uma elite que adora, mas adora mesmo, esta sociedade de consumo.
Não me refiro aos que retiram lucros materiais do consumo. Sempre houve desses.
Refiro-me aos outros que, aproveitando-se do consumo rápido, do “usar e deitar fora”, do “tem três dias, já é velho”, usa isso para manipular mente e controlar comportamentos. Mesmo que na estética!
Alguém afirmou, já não sei quem, quando ou a que propósito, que a objectiva de uma câmara deveria estar à altura dos olhos do fotografado.
Regra simples de fixar, simples de seguir.
Fast-food estético! Academismo no seu pior!
Que quem deglutiu este conceito e não o aprofundou um nico mais, não entendeu que esta “norma” se aplica “às vezes” e que há ocasiões em que essa é a pior abordagem possível.
Uma imagem de meio corpo, com um grande ângulo de visão e a meio metro de distância, ou bem que está “baixinha” ou bem que sua classificação não se enquadra na net-etiquete.

Diferenças entre a da direita e a da esquerda?
A da direita está rigorosamente ao nível dos olhos do fotografado. A da esquerda a meros 15 cm abaixo ou, se quiserem, à altura do pescoço do fotografado.
Em ambos os casos, a ponta da objectiva estava à distância de um braço o que, apesar de não ser uma selfie convencional…


Perspectiva, uma vez mais, é a palavra-chave.

By me 

Sem comentários: