Cumpre-me
o doloroso dever de informar que hoje, pelas 9.35 horas, faleceu o meu
despertador.
Fiel
amigo de muitas noitadas e madrugadas, nunca lhe ouvi um queixume, mesmo quando
o meu mau humor reagia àquilo que pontual e assiduamente lhe pedi ao longo dos últimos
dezoito anos.
Ficará
discreta e tranquilamente arrumado numa caixa, junto com tantos outros amigos
que o têm antecedido nestes passos, à espera que outro e melhor destino lhe dê.
Espero
que compreendam o meu incómodo e que tolerem qualquer falta de pontualidade da
minha parte nos tempos mais próximos.
Podia
ter escrito:
“Avariou-se
o meu velho despertador, que vou guardar para alguma fotografia que me apeteça
fazer. E não sei se me irei adaptar com facilidade ao novo.”
Mas
não era a mesma coisa, pois não?
By me
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